domingo, 15 de março de 2009

a minha mão estendeu-se à procura da palavra fundamental que pudesse usar em forma de acção com eficácia.inventei as idades e se chorei foi por me lembrar das coisas como as via quando era criança e saber que a sensibilidade é possivel mesmo quando se tem cinco anos.ora se a sensibilidade não se perde com o sabor a morte na boca,então cresce e se cresce a esperança para ti e para mim ainda é alguma.mesmo assim descalcei-me para sentir os vidros nos meus pés adultos e a natureza esqueceu-se de mim e fiquei grávida mas não foi de bebés.o que carrego?é um peso.

-São pedras senhor.

No outro dia Deus morreu.

1 comentário:

fernando machado silva disse...

cara maria inês,

que tristeza é a espera da promessa. já tu me escreveste duas vezes e ainda vou neste primeira, que nem é comentário mas, uma simples carta. ainda não encontrei o tempo para me perder, decentemente e sem qualquer inocência, nestes pagãos inocentes da decadência. falta-me a cadência certa, encher-me das tuas palavras até quase ser um naufrago e desafogar-me respondendo ao pedido mútuo. espera só mais um pouco. escrever-te-ei. (não) prometo.

beijo

benjamim machado