terça-feira, 17 de maio de 2011

um corpo que não adoecesse

uma gaja assim daquelas

que nunca perde a vontade

de foda

letrada claro

que não chorasse

que não tivesse dores de cabeça

virgula

outras

que sorrisse pouco

nunca

quando eu estou mal disposto

que fosse politicamente incorrecta

mas que não falasse alto

(não falar alto, muito importante)

olhos claros do cabelo não importa a cor

roupa rasgada e alfinetes

à noite

saia travada

de dia

que me agarrasse nele

mas que não dissesse asneiras

nas reuniões importantes

|grave tudo isto|

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