quando as pessoas aparecem nos poemas
contaram-me histórias;
a mim e aos meus olhos
a olhar-me nos
olhos
com olhos
e disseram ele olha nos olhos
disseram
- há quem case na aldeia
desapareceram no meio da chuva
queimaram-me fósforos
deixaram-me cantar
porque preciso
eu espero por ti e sei que esperas por mim
[há tanta coisa que te podia dizer mas não sei se é necessário e depois o tempo perde-se e tudo o que dissemos foi tudo o que não fizemos e nós somos pessoas de fazer não sei onde é que és igual a mim não sei onde te atravesso atravessas-me no coração e ainda assim ficas-me entalado na garganta quando penso que podes não voltar decidir deixar de filmar e ir para a Patagónia fazer fotografias para o screen save do i pad ou postais de colecção por encomenda fico com medo como se fosse pequena mas nós somos pessoas de fazer e de procurar e fazer por não encontrar porque gostamos desse objectivo não fosse calhar-nos um objectivo daqueles que se cumprem de dia e dentro de casa sabes que seremos vampiros com tudo de bom que isso traga]
preciso de uma resposta.
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